<%@ Page Language="pt" ContentType="text/html" ResponseEncoding="iso-8859-1" %> Cartas para Maggie <body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8588252462477304950\x26blogName\x3dCartas+para+Maggie\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://cartasparamaggie.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://cartasparamaggie.blogspot.com/\x26vt\x3d-9094482364450168071', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
sábado, 15 de agosto de 2009

Pra você...



5 meses.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Querida Maggie,

esses dias, recebi um e-mail que falava que quando éramos crianças acreditávamos no conceito de UMA melhor amiga. Mas, que depois, como mulheres, esse conceito ia meio que por água abaixo porque podemos encontrar o melhor em várias amigas. Uma amiga pra farra, uma pra chorar, uma pra xingar, enfim.
Não sei se partilho totalmente dessa idéia porque tenho poucas grandes amigas, porém algo nesse e-mail me chamou atenção: algumas coisa que eu falava pra você não consigo falar pra mais ninguém, nem pra Cris, que é tão querida. O motivo? Não sei.
Talvez porque, no fundo, você falava o que eu queria ouvir (assunto Elcio só você pra entender), embora no final das conversas eu sempre acabava discordando do que você dizia, lembra disso?
Daí que, na segunda-feira, sonhei com ele. Daqueles sonhos reais, que até o cheiro da pessoa você sente, aqueles que você dizia que, na verdade, eram encontros espirituais.
Foi tão real, Maggie. Nós íamos casar e estávamos arrumando a casa. Até minha mãe estava no sonho, toda contente, porque ela gostava dele, você sabe.
Acordei com uma sensação tão boa e de repente, senti um vazio imenso que me deu uma tontura que quase caí.
O vazio de não saber dele, o vazio de não ter notícias, o vazio de saber que poderia ter dado certo, o vazio de saber que era "ele" e eu não deixei.
Aí, bateu um medo e um puta aperto aqui dentro: acho que ele morreu, Maggie.
Joguei o nome dele no Google e niente. Entrei no Orkut e fiquei com raiva: pra quê ter um perfil se não o atualiza, se nem mesmo o acessa? Bom, liguei na casa dos pais dele, só não tive coragem de falar, fingi ser um engano. O que eu esperava? Que atendessem aos prantos e já dizendo que o filho morreu? Eu sou ridícula, sei disso.
Acho que estou meio impressionada ainda... sei lá, meu pai e você indo pro céu, um logo depois do outro, mexeu demais comigo. Não paro de pensar em morte, tenho medo de que todos morram... que bosta, isso.

O blog eu fiz para que, de alguma maneira, eu pudesse conversar com você.
Quem sabe de onde estiver, você consiga ler, né? Talvez as palavras cheguem até você pelo ar, talvez flutuem... tomara que sim.

Amanhã, já fará 5 meses que você se foi.
Quero te agradecer por ter permitido ser eu a estar com você na hora da partida, não que tenha sido bom te ver partir, longe disso. Mas, eu soube que a gente escolhe as pessoas para essa hora. Se isso for verdade, então eu sou tão importante pra você, quanto você é pra mim.
Quero te agradecer por não me abandonar e me visitar em sonho, vez por outra.
Queria tanto que conhecesse Catharina... tão sapequinha, Maggie... tem que ver que tchuca.
Jully tá velhinha, meio ranzinza, mas continua sendo o cão mais lindo do mundo. Queria que você batizasse Catharina também... :o(
Se puder, venha mais vezes, mesmo em sonho, vai... diz aí que não é justo nos deixar separadas assim. Já não chega terem levado minha mãe e meu pai?
E por falar nisso, mande beijos pra eles e diga que os amo, que não tem um dia que eu não pense nos dois e pra eles me esperarem, porque um dia, também estarei aí.
Mande um beijo especial pra sua mãe, tão querida.

Beijos pra você, querida amiga.
Não me esqueça.
Eu nunca te esqueço.

Tita


Sobre Maggie

Eu já sabia da existência de Maggie desde 86, porque tínhamos uma conhecida em comum. Um dia, fui trabalhar na mesma empresa que ela e logo depois, entramos na mesma faculdade, no mesmo curso, na mesma sala. Nos tornamos amigas inseparáveis. Os anos, o dia-a-dia nos afastou um pouco, porém a amizade, o sentimento continuou. Já não nos víamos com tanta frequência, mas sempre nos falávamos ou por telefone, ou por e-mail. Então, num dia de outubro de 2008, ela me deu a trágica notícia. Logo em seguida, meu pai teve um AVC. Foram meses de dupla angústia e meu pai faleceu em janeiro. Ela continuava em tratamento e eu tinha esperança de que conseguiria vencer a doença. Mas, em 15 de março, Maggie partiu e deixou o sorriso, a alegria, as lembranças. Só que deixou também um vazio imenso.

Amigos

Antes Que Seja Tarde
Objeto Abjeto
Artesanando
Polly Mattos
Metamorfrases
Eterno Espanto
Rapha

Ajude




Passado


agosto 2009
setembro 2009
Etc e tal

"Os comentários dos leitores não refletem a opinião da autora deste blog. Comentários sem a devida identificação de seu autor (nome completo e endereço válido de e-mail) serão excluídos.